sábado, 4 de agosto de 2012

Desejos além das maçãs.

Através das janelas, que percorriam a vida desta tão bela mulher, havia as cortinas da solidão.
O solo que essa mulher pisava, era apenas dos sonhos postados em memórias secretas.
Dentro do corredor da vida, que todos os dias amanheciam,  com sabor dos desejos que iam além das maçãs, mas que as cortinas da solidão impediam de devora-las, ela me confessou sua maior aspiração.
O amor era algo ansiado, o amor que envolve e condena... Que aprecia e abocanha salva e desvia.
Meu ser gelava, quando ela abria os seus lábios carnudos de pura uva rubra, o medo de ser pequeno, em meio à tão perfeita harmonia, de cores e segredos, me mantinha calado, como um ouvinte cheio de questões.
Entre vigor e lúxurias, o mundo era tão colossal num espaço tão pequeno.
A busca, pelo desejo de ser preenchida, confessava sem se ruborizar...se enaltecia a cada namoro do por do sol com o despedir do luar. Sim... Contou-me que a lua era concubina do Sol, e esse era o amor que ela desejava.
Sem entender, meu ser se ruborizou.
Falando como quem conta um conto, ela continuava com voz de canto e formada por tão belas curvas, que às vezes, meu ser perdia o som e somente funcionava a visão.
Mas coloquei-me em prontidão para a ouvir, e resisti à tentação, de fazer calar o meu ser que não foi feito pra raciocinar.
Ela continuava, e sem notar minha presença, falava suavemente da atração que a faria ser corredores largos, com portas que abririam e fechariam a todo o momento,
Continuava dizendo, que o Sol e a lua, de tão amados e necessitados um pelo outro, não podem ter suas alianças da ligação, porque o ir e vir de um e outro, já os abastece. Mas que o aprisionamento dos dois será eterno.
Assim quero... Dizia ela, um amor que me aprisione livremente, que me sirva de suplemento, que sem ele eu não me ofereça, que use o meu espaço, mas me doe o seu espaço.
Respire e eu sinta, mas não roube o meu ar,com o gosto da maçã e a sagacidade da serpente.
  
Que me abrace e me sugue como um bicho necessitado de sangue para viver, mas  não me deixes perecer.
Que seus membros governem o meu, mas somente em meio à cópula.
“Essa mulher me fez pensar por tempos, se a loucura em forma de desejos, ou se a performance, de uma louca serpente mulher, com o gosto da maça” que meus olhos conheceram e meus sentidos não esquecem jamais.

minha primeira obra, com direitos autorais
By Roseli Gomes

6 comentários:

  1. Essa é sua maior obra prima!!! magnifico!!! adoro seus textos, sou sua fã incondicional.

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  2. Meus parabéns, assim que voce publicar seu livro de romance, me diz... sei que fara apenas algumas ediçoes familiares e amigos, mas desejo ter o meu.
    amo seu estilo de escrita, enigmático..

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    1. Cris assim que fizer as paginas que necessito, ligo para ti... meu muito obrigada, seu elogio me aumenta as forças e abalam meus medos

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  3. me fez suspirar... sou sua fã...

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  4. brigda Erika, vc percebe o momento da minha escrita.
    brigada...

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